É incrível observar como somos movidos pelos nossos sentimentos, mas o mais extraordinário é observar como os mais fortes deles nos tornam capazes de coisas surpreendentes. No fundo todos eles se resumem em paixão. O ódio, o amor, a dor, a alegria, em suas formas mais intensas são forças apaixonadas. Movidas por algo muito mais forte que a emoção, capazes de destruí-la e contrariá-la. São esses sentimentos que nos tornam vivos, humanos e, de certa forma, mais perfeitos.

Pergunto-me o que levaria gênios, artistas e escritores a fazer o que fazem. A dedicar-se com tanto afinco a algo que pode não dar em nada. É a paixão. É a obsessão por uma realização específica, pelo encontro perfeito de suas idéias. Realizar o que ainda não foi realizado, o que vive apenas neles, mas que, com certeza, precisa de um lugar nesse nosso mundo material. Precisa ser visto, admirado, apreciado.

A paixão nos tira do cotidiano e nos torna loucos. Completamente loucos. É isso que todos nós deveríamos ser: loucos. Deveríamos ser capazes de contrariar as idéias antigas, criar novas tradições, fazer do nosso jeito. Inventar, superar, viver! Viver sem pulgas atrás das orelhas e sem sapos nos estômagos. Deveríamos poder viver como quiséssemos, independentes da sociedade.

Comentários

Postagens mais visitadas